TAF.TORNEIO ALEJANDRO FINISTERRE
O Grandioso Torneio Alejandro Finisterre é a prova máxima dos Matrecos; homenageia o seu criador bem como todos os amantes do seu exemplo de vida – uma vivência da poesia como fabrico do real e de si-próprio, fora da charopada amaneirada e críptica própria dos cobardes, e um contacto integrativo da agressividade como estro criativo e elevação da barbárie. E assim sendo:
a) é natural que a nobre arte dos matrecos viesse a encontrar a sua máxima expressão em Portugal, conceito para o qual tende todo o galego e, por extensão, todo aquele que se afirma na sua regionalidade e ipseidade; e que uma vez aí aportada se sediasse nessa zona de confronto entre o poder diluidor e criativo da água e o poder destruidor e criativo da besta, ou seja, em Coruche;
b) é natural que tal nobre exemplo e a superior arte dos matrecos tenham, desde logo e muito em particular, cativado o escol da psicologia – o facto de o futebol consistir numa representação da sexualidade, torna o futebol de mesa meta representação, saber acerca do saber ou saber consciente e discursivo (enquanto publica-acção no sentido bioniano), e fenómeno de interesse para a psicologia enquanto testemunho de uma época onde a inexistência da reprodução por cissiparidade fazia com que os humanos se organizassem face ao dimorfismo sexual.